Como a pandemia mudou a forma das pessoas se relacionarem por causa do isolamento social, as instituições que se baseavam em reuniões e encontros presenciais tiveram que se reinventar e aprender a se relacionar à distância, ou interromper suas atividades por enquanto. Responsável por discutir políticas de segurança públicas em suas comunidades, os Conselhos Comunitários de Segurança (Consegs) foram diretamente afetados pela nova ordem, porque suas ações são debatidas e deliberadas em reuniões com representantes da sociedade, do governo e dos órgãos de segurança locais. Mas, do limão, o presidente do Conseg do Guará, Marcelo de Oliveira, está fazendo uma limonada. Sem poder promover as reuniões mensais, ele passou a atender as demandas “in loco”, ou seja, vai onde o Conseg foi solicitado, ou pelos grupos virtuais, e depois encaminha as demandas aos órgãos responsáveis pela solução de cada assunto.
“Se ficarmos dependendo apenas das reuniões presenciais, o Conseg talvez só voltasse a atender em 2021.Mas a população não pode esperar tanto, porque segurança pública precisa ser discutida frequentemente”, afirma Marcelo, que é bombeiro militar. Um dos instrumentos para continuar o atendimento é o grupo de WhatsApp do Conseg, por onde são recebidas e encaminhadas as demandas da comunidade. No grupo estão os representantes da Administração Regional, Detran, Corpo de Bombeiros e Polícia Civil e da Polícia Militar da cidade.
Entre as demandas solucionadas no período da pandemia estão, por exemplo, a retirada de carcaças de veículos, corte e poda de árvores e perturbação do sossego. “Assim que recebemos as reivindicações, elas passam a ser discutidas no grupo até ser informada a solução”, conta o presidente do conselho. Segundo ele, a Operação Sucata, realizada no mês passado no Guará, foi baseada nas informações prestadas pelo Conseg.
Preservando o isolamento social
Uma das demandas mais comuns recebidas pelo Conseg, de acordo com Marcelo, é sobre aglomerações, festas e som alto, que estão proibidas durante a pandemia. “Temos o contato direto com os delegados da 4ª Delegacia de Polícia do Guará e com o comandante do 4º Batalhão, que nos atendem assim que formulamos os pedidos”, explica Marcelo. Ele também destaca o apoio da administradora regional Luciane Quintana quando a demanda se refere à poda ou corte de árvores.
Mesmo com o risco de perder parte de sua privacidade, Marcelo de Oliveira faz questão de divulgar seu contato telefônico (99220.4473), para o caso de moradores precisarem recorrer ao Conseg, “mas desde que assunto se refira à nossa jurisdição, ou seja, à Região do Guará, e se refiram diretamente ou indiretamente à segurança pública”.
Fonte: Jornal do Guará